Diário Nerd - O Maratonista | Nerds Attack!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Diário Nerd - O Maratonista

Se você acha que tem dias difíceis é porque ainda não leu este episódio...

maratona nerd
Maratona nerd. Sempre pode ser pior!
   Lambda, lamb...Ops, não é minha frase. Bom, se eu estou voltando a publicar nesta sessão do blog, existem apenas dois motivos. Ou tive um dia muito bom e marcante que precisa ser contado ou um dia completamente ruim, com desastres naturais e provavelmente a minha desgraça. Como todos gostam da desgraça e normalmente um nerd conta mais com os números do que com sorte e superstição, vocês já devem saber qual das duas opções é. Sim, coisas ruins aconteceram. Vamos começar a saga nerd pós 12-12-12...Acho que isso influenciou em alguma coisa para os acontecimentos.
   Atualmente, estou alocado num local de trabalho bem longe de tudo e de todos. Longe da civilização. Para terem noção do que eu digo, meu expediente começa as 7 horas da manhã e para estar lá nesse horário, pego o ônibus as 5 horas da manhã. 
   No dia 13-12-12, saio eu as exatamente 5 horas da tarde, após o fim do expediente, e vou para o ônibus que vai em direção a faculdade. Pego meu ônibus e como normalmente faço as quintas e sextas, recosto minha cabeça sobre o banco do ônibus e simplesmente morro. Pelo menos até chegar perto da minha faculdade. Nesse período eu durmo mais do que durmo em casa...
   Um colega de trabalho que foi ao meu lado no ônibus, não sei porque maldição estava querendo conversar e me acordou durante umas três vezes pra falar: "Que trânsito né?" ou "Olha o Bruno dormindo" ou quem sabe "acho que vou chegar tarde hoje". Não falei nada porque ele é meu amigo e gosto muito dele. Mas não falei perto dele, porque vou falar pra vocês que ele é o Francisco Dionei. Só clicar no nome aí que vocês vão ver quem é. Se quiserem lincha-lo também não tem probl...Ok, brincadeira.
caricatura didi
Francisco Dionei. Foto ilustrativa, porém igual.
   Depois de tanto me perturbar e sem se tocar que queria dormir perdi o sono e acordei. Eis que quando olho pela janela vejo que ainda estou no meio do caminho, parado num trânsito incrivelmente incomum para aquela área e para aquele horário. Horário em que já deveria estar na faculdade por sinal. Nesse dia eu tinha prova. Começando a me desesperar, já que tenho viagem marcada para a semana seguinte, não voltarei esse ano e não posso ficar pra fazer terceira prova de nenhuma matéria, liguei para meus colegas de faculdade e perguntei se algum deles havia chegado lá. Após várias ligações, percebo que algo tinha acontecido, porque de todas as direções que levavam ao centro de Niterói, onde é minha faculdade, estavam paradas. Um dos meus colegas entrou no Google Talk e então falei com ele, porque ele mora perto da faculdade. Ele me diz então que todas as faculdades de Niterói estavam fechadas, porque o centro estava sem luz e estava tudo caótico. Eu perguntei então o que havia acontecido e ele me responde que houve uma chuva diluviana que alagou todas as partes do centro, a água subiu vários centímetros, formaram-se bolsões de água e por aí a fora. O incrível mas que não vou entrar em detalhes é que só choveu lá! Onde eu estava, a uns 5km da faculdade, estava garoando! 
   Pensei eu então: "vou descer do ônibus, atravessar a pista e pegar outro para ir pra casa! 20 minutos estou lá, são e salvo!". E foi nessa hora que começou minha desgraça! Desci do ônibus e para minha sorte, estava tudo com grade impossibilitando a travessia da pista. O engraçado é que ali perto tem um estaleiro e por incrível que pareça, NENHUM MALDITO PEÃO QUEBROU A GRADE! Convenhamos que nessas áreas normalmente está tudo quebrado, pichado e indescritivelmente podre. Mas pensei pelo lado positivo e dei graças a Deus que estão respeitando o patrimônio público (MENTIRA). Fui andando então até a passarela mais próxima, que era longe pra raio! Isso tudo andando na garoa mas até aí tudo bem, afinal é só uma garoa. O que mais poderia dar errado? Começou a chover...Eu, sem guarda-chuva então atravessei a passarela com uma bela duma chuva forte e quando chego ao outro lado da passarela, voilá, acaba a chuva! Completamente molhado então, fico no ponto de ônibus, cheio de pessoas com cara de que já estão ali a três dias em jejum. Como ônibus pra casa tem de 2 em 2 minutos, fiquei lá esperando com a esperança de que chegaria em casa. Depois de 40 minutos no ponto de ônibus, percebi (demorei um pouco pra perceber...) que não estava passando muito ônibus e os que passavam, não estavam parando por vir super lotados. Pensei então: "Vou pegar um táxi!". Nem os táxis da pista paravam. Estavam todos lotados. Então, lembrei que a mais ou menos 1km dali havia um ponto de táxi, num estacionamento de um supermercado. Fui andando até lá, com minhas meias ensopadas e fazendo aquele barulho irritante quando caminha e com aquela sensação desagradável que ela gera. Chegando lá vejo que está tudo escuro. Um breu completo! Fui até o ponto de táxi e perguntei a uma mulher onde estavam os taxistas. Ela me respondeu que como estava tudo sem luz, os taxistas não queriam correr risco e ficar ali parados. Aí ela me falou: "Tem um outro ponto de táxi um pouco mais pra frente. Ali provavelmente tem táxi". Só que o "um pouco mais pra frente" dela era praticamente a 2km de onde eu estava. Mas como não tinha escolha, andei os 2km pra lá. Chegando perto, não avistei nenhum carro e foi me batendo um ódio mortal daquela mulher. Quando cheguei no ponto de táxi, perguntei a um rapaz que lá estava: "Não tem táxi?", no que me responde: "Não cara, tá tudo apagado e alagado por aqui, os taxistas foram embora. Eu estava esperando também, mas decidi ligar pra um parente meu vir me pegar". Nesse estágio da vida é que surge aquela bendita palavra: FUUUUUUU!
   Diante daquela situação, não sabia mais o que fazer. Se continuasse andando pra direção que estava, não ia achar nada, pois estava tudo caído devido a maldita chuva que recaiu sobre os pecadores daquela cidade. Então, o que me restava, era voltar pra onde eu estava e ir em direção a luz (a luz na verdade era um Carrefour que existe perto de onde eu saltei...lembra? quando estava garoando? Revoltado da vida e com ódio nos olhos, voltei provavelmente uns 7km correndo! Isso sem mencionar os banhos que os carros e ônibus me davam quando jogavam água da pista em cima de mim. Após correr os 7km, chego ao Carrefour e lá estava, um ponto de táxi! Com uns 9 táxis parados! Cheguei então, pedi um táxi para ir pra casa e o taxista falou comigo: "cara, vou botar na bandeira dois porque você vai sujar meu carro todo do jeito que tá e vou ter que pagar pra limpar". Eu não recusei, porque meu estado realmente era deplorável. Depois disso, foi só alegria e cheguei então ao meu destino. Minha casa!
accelerate card
Artifício usado antes de começar a correr os 7km.
   O que me deixa mais triste nesse episódio é que cheguei 9 horas da noite, tendo saído as 5 horas da tarde. Isso me revolta um pouco, ainda mais sabendo que no dia seguinte, acordarei as 4 horas da manhã para estar lá, no lugar tão tão distante novamente.
   Mais uma vez, agradeço por lerem e acompanharem o blog. Continuem acompanhando, assinando a página do G+, "retwittando" e assinando o feed para se manter atualizado. Peço desculpa pelo tempo sem atualização, praticamente uma semana, mas é que eu estou em transição para esse lugar tão tão distante, então ainda não me adaptei aos horários. De qualquer forma, dentro em breve já volto a rotina de publicações. Vejo vocês na próxima. Na verdade espero que não, porque se houver próxima significa que algo de ruim aconteceu novamente...

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